Nostalgia de um Maurício


Interessante seria
a cidade no meu nome,
suas ruas, casas e pontes
onde o povo aplaudia
aquele que todos queriam:
um alemão com título de conde.
Meu sotaque é holandês,
assim como este lugar herdou
frases de uma época de clamor.
A Companhia muito de ti quis,
eu só queria teu amor,
sei que fui correspondido,
não te levo rancor,
graças ao meu Senhor.
Tenho orgulho de aqui passar,
E contemplar este lugar.
Pela Aurora vejo reflexos nas águas,
reconheço construções Barrocas,
as Neoclássicas não são do meu tempo.
No calçadão, os lustres e as flores
dividem a imagem brilhante do rio,
onde o sol e a lua lentamente vagueiam
com a nostalgia de um Maurício.
Não sou dessa geração,
sou passado mas presente,
mais presente em nossa gente,
dentro da imaginação.
Pessoas que vêm, outras que vão,
muita correria, agitação,
coisas novas, construção,
Recife, Eu me apaixonei quando te vi,
Não quis nada de ti,
certo reino construí.
Sei que és forte em açúcar
e o petróleo nunca vi.
Enxergo tua beleza,
dessa não esqueci.
Eu relembro cada canto
da chamada Imperatriz,
é o encanto da matriz.
Boa Vista é o que diz,
foi o que eu ouvi.
Ao meu alcance eu fiz
porque tu és Pernambuco,
Muito em ti consegui,
Ensinei a amar a terra aqui
E aqui aprendi.
Não sou dessa geração,
sou passado mas presente,
mais presente em nossa gente,
dentro da imaginação.

Comentários

Jaci disse…
Muito lindo, como todos. Parabéns!
Gleidson Melo disse…
Querido Rinaldo, Poeta!
Muito belo é o teu poetar. O nostálgico sabor do Recife é revelado em tuas palavras. É sempre bom - e com muito orgulho - dizer que sou da terra das pontes e dos coqueiros. Abraços! Gleidson
- Se puder, ativa o teu siga-me do Blog e se puderes, siga-me em http://gleidson-melo.blogspot.com

Postagens mais visitadas